Sinto os dias como me sinto a mim.
Cada vez mais pequenos.
Acordo e mal consigo colocar os pés fora da cama já a noite se aproxima.
Às vezes penso que nem vale a pena levantar-me.
Para quê?
O mundo continua sem mim. Nada do que posso (ou deixo de) fazer vai mudar nada.
Sou um insecto insignificante sujeita a uma palmada que me trará a morte.
Os dias passam e só eu continuo aqui.
Ou será: e eu aqui continuo só?
5 comentários:
Espero que este texto seja uma liberdade poética e não um verdadeiro estado de espírito. :(
Hummm...
Normalmente pego numa situação ou num sentimento/pensamento verdadeiro e parto para a imaginação.
Por vezes até a mim me engano.
E a ideia é essa. Tentar fazer que a realidade fria das coisas se amenize e suavize. :)
Ah! E outras vezes é ao contrário. Tornar muito feio por antecipação, também é uma forma de fuga, como preparação para o que vem.
Assim espera-se sempre o pior e como tal, nada pode ser pior.
Isto tem sempre a ver com quem escreve, se a Joaninha se o Escaravelho ou alguém que no momento está a tomar conta deste corpo. :)
Mas acima de tudo, gosto de brincar com a vida.
Já Pessoa dizia: "O poeta é um fingidor." :)
Pois... já escrevi isso neste blog na quinta-feira passada... ahahah!
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